domingo, 18 de dezembro de 2011

De vaga ação

Amo o silêncio
O de pernas cansadas
O de ouvidos atentos
O da fresta da luz
O da respiração parada
O de suspiro lento
O de pele acariciada
O da luz sem festa
O do vento soprando
O do coração em festa
Amo o silêncio
Ele é o bem que me resta.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Antes de Ontem, Ontem e Hoje

... tudo inspira reinicio.
Dentre tantos tempos
Diversos estados
Distintos mundos
Dissolutas canções
Dito e Dato
tempos
estados
mundos
canções

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Frase Solta XVI

Presença é aquilo que levamos dentro [ainda quando a ausência nos toque por fora].

sábado, 3 de dezembro de 2011

traçado

[No mundo que me cabe novas palavras dançam.]
No espaço do entre, novelhar constante
me remeto a referências desconhecidas
cito sem saber da onde parte a medida
que desejo desregular
antes ilimites
tenho tanto nada
há desconstruir-se

[não consigo ser tão original.]
cito muito
ajuda a ser o que d'outro
é também meu.

raccourci


entre tantos
atalhos à parte
entre tantos
atos há arte

nós no bogart
alheias a tudo
buscando a parte
de ser atalho
entre nós e o mundo

[o boa arte do café destila aromas, atalhos para si e para o outro]

Frase Solta XV

São as pequenas coisas que mudam o destino,
as grandes mostram apenas para onde se caminha.

domingo, 27 de novembro de 2011

viés

"e foi para guerra?
foi, não foi"

M.Bandeira


vindo
não vais
deixas de lado
sem soslaio
se vais,vais
ator parado
atormentado
pelo que foi-não-foi
agora, tu não tocas mais...

E que venha o último
[ o espectador deve lançar-se]
logo vais...
Pela via
sem saber
se aquilo
te cabe mais...

sábado, 26 de novembro de 2011

Frase Solta XIV

Vale dizer "te amo" ainda quando minha voz anda em silêncio?

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

[{quase um verso e} (um desejo)]


podíamos estar em lugar qualquer
mas se estamos aqui
pintemos o mundo de canção


Os entre-nós

Revela
Resvala
Revela a ela
O entre nós
os dóis
os ais
navegar
nesse mar
só onda
revela e desvela
o resvalo
de estar
tudo junto
no mesmo lugar.
diz a ela
que a vi
passar
olhando ao lado
cheia de vaga
onda de sal
ímpetu de luar

tuas
caras e palavras
abarcaram
o céu
e foi a chuva
e veio vaga
e foi a noite
doce balanço
distante
miramos
passante a nós levar
para onde vamos?
a vaga só revela ao vagar...


é mais além da distância

"Tenho o mundo pra se revelar..." - Lenine

Se ilimite
Se há o mundo inteiro para tocar
Não prenda o seu barco no meu mar
Se acredite
Se há muito pelo que lutar
Não detenha a vaga no mar
Se fite
Se há muito tempo
Não perca a hora a calcular
Se deslinde
Se há muito entre nós
Não façamos nada, além de amar



sábado, 19 de novembro de 2011

Confluências

entre-tudo
entretantos
tudo flui
fruindo

a linha
[da vida]

vamos a despedida:
vez do novo encontro:

doce novelho
[esse]
d'estar


domingo, 13 de novembro de 2011

Acesso

as lentes do tempo deslizam
consulto arquivos
revisto tudo
denego o acesso:
"minha matéria é o presente"

O que nos une é justo o que nos separa.

sábado, 12 de novembro de 2011

"Sentir-se como" já não é ser?

Passei pela linha
Na via de ontem
escrevivi
como se fosse
ontem

Jainda há tempo
o presente
me toca crente
como se fosse
tudo alinhadamente
passante
fluente

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Sem desvio

dos olhos

c
a
i
u


m o l h o u
o dedo

e tomou inteiro
o meu momento ...
sem parar as quedas
foi se lento
vacilando

A rey muerto, rey puesto.

o tempo deu efeito;
defeito não há
nesse peito,
teu reino
foi
desfeito

sábado, 29 de outubro de 2011

A entrega

Solidão
nem a um]
nem a dois]

dessa função
quero exponencial distância

onde anda aquela marca ?
guardada entre nada e tudo
ficou o espaço vazio da lembrança.

o coração dança
abatido no peito

não há como
não há preceito

[me foge
qualquer coisa]

entre tantos entres
o espaço resolveu visitar o tempo
e naquele frio, se marcou uma ausente presença.

punctum. punto.



A câmara escura

puntos suspensivos. punto final. punto. punctum.

domingo, 9 de outubro de 2011

tUDO y nADA

Não sabia o que tinha nas mãos, até que tempo certo encontrou-me

e cheguei na parte mais real do sonho...

Te ler, de peito aberto e olhos fechados...
[ um estranho sentido.]

Tua espera valeu muito. Cada página esperou olhos amadurecidos.

E cá estou, bem próximo a ti.

Só desde aqui descubro que posso vibrar-te.

Eu vibro [em tuas linhas].

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

limando

Antes de tudo o teu silêncio
De sentido tempo
Que duras linhas
De repartido verbo

[Não fala
(Rasga)
o que levava dentro]

Será que já chegou a hora?
De gestado sentimento

antiga memória,
a agonia do adeus
desdenha dos olhos
reparte o pensamento

Fondo Blanco

tantas perguntas
sem respostas
[(que) - desde agora]
chove
de dúvidas
aqui dentro
e
não sabemos
se é tempo
de cair agora
vasta chuva
de denso momento

terça-feira, 20 de setembro de 2011

cursi y verdadero

"A chaga do amor, quem a faz, a sara "

um ciclo
de fases invisíveis
remodela-se
sem alarde
entre processos
em eterno processo.

sábado, 17 de setembro de 2011

Frase Solta XIII

O silêncio serve também para comportar as palavras que não se escrevem.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Entre costuras

O tempo até costuro, mas o espaço, ele ainda muito me intriga.
Fico com minha meia renda. Essa de novelhar.

(Rendando para não desfiar. Eis minha lei.)

d'estar

Nem um mágico
Tratará de volta
o teatro
d'estar

falo de vivas letras
de entreatos
interespaços


Essas coisas de linhas
(são)
como nação sem pátria


De onde nada se ajusta
Fronteira fulgura falha
sem fonte justa
para delimitar
o interespaço
do teu teatro

nada mais
que letras
de entrelinhas
de memórias
expostas
nos entreatos.

Imagem e Som

Nem o sol
Nem a música
Nada (n)as mãos
se (n) tem


quinta-feira, 15 de setembro de 2011

d'água.

quando a saudade

destrata,
distraí,
corro
para tuas sendas,
fendas de arrendadas de mar...


E sinto:

mareio-me,
sou d'água.

a linha [que nos alia]


a linha
nos alinha
com o marco
do tempo

[faz dos caminhos
veredas
desenhadas
marcadas
repetidas
renovadas
passadas]

domingo, 11 de setembro de 2011

Coisas desse tempo

falta espaço para esquecer
mas resta tempo para lembrar
[ao menos para saudar a lembrança]

aspirada

Tu me tomas.
Eu te tomo.
Nos conjugamos.
vens, me liberta
te aprisiono no meu plano.
De ser tão, que só a ti me prendo.
[ou só a ti me deixo prender]

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Lema:Leme

[A Ana]

A roda é viva. Deixa a vida rodar.
A ciranda faz tudo por si
quando não se deixa parar.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Pela tua frase, um verso

Anti-projeto de gente [que tenta rendar]...
Anda rendando soltas teias [pelo ar]...
Saem rendas de difícil coser [e de fácil falar].
Fico sem canto e sem conto.
Mas nesse escreviver,
faço doce o meu penar.

[a pena-pluma é agulha
desta rendeira do ar]


Receita de Leitura

Use e abuse.
Recite e modifique.
Letras, só as vivas...

desmarcas

Leia-me.
Lê e ame.
Liame.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

acre notícia acre

Este terreno é assim: uma cultura por vez.
O fruto bem tratado é capaz de gerar sementes fortes.

sábado, 27 de agosto de 2011

à la lettre

dividida entre fontes
tipos
diversamente paralela
[a elas]
en toutes lettres:
duvidosa
les cinq lettres
(de ma vie):
lettre
letras

[A Dios le pido una brújula interior...]

frase solta XII

insônia: horas varridas de um dia por um pensamento inesquecível.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

a pá virada e outros poemas

Anunciou-se que viriam eles,
todos juntos, retratados
[(Mas)vieram soltos]
Folha a folha
entremeados por uma canção
dissoluta letra
dissolvida ação
e partes dos poemas
nem vagas são


sexta-feira, 19 de agosto de 2011

sobre cartas

não me toes
com tua rota
não sou flor de porta
sou livre gravitar
dente de leão
flor do ar

costurando

Entre moer luz,
Colorir papel e
Passear tempo
fiz renda

Arrendei o tempo:
marquei lentamente
linhas distantes
figurei formas
esboçei luz

E cá vou:
Entre pontos, um encontro.


quarta-feira, 17 de agosto de 2011

nuits

"d'un coup de vent, classé."

verdades escritas en la trama
las guarda el silencio
tamborilear para dibujar
letras por el aire
tiempo cosido
tiempo cantado






terça-feira, 26 de julho de 2011

o que me agonia, me guia?

leve e direto
se arrembenta o vento
en mi pecho, late
un hecho

una dicha
leve e direita
me atormenta

e até quando fica?
Todo esta partido
No oigo más un latido

Fica a tormenta
Hasta dónde esta nave aguanta...
No hay más hecho
La dicha y la hanzaña
Se fueron
serenas
e novas sendas
se ilimitam

Disparos Soantes

Quem é díspar, encontra par?
É mesmo assim, sem combinar?
OU isto [não] deve parear?

quinta-feira, 14 de julho de 2011

enredando

Pois nessa rede
a tecelã aponta
o novelo se remarca
[nada é por nada]
tudo se acerta
não há ponto
que vão repasse
aquela reta
a nossa rede
se cruza
difusa

"circunloquios y eufemismos"

estrela
campo de estrelas
chão de estrelas
[em mente]
cemente
sementeira
cementerio
semilla
[por dentro]
grano o polvo
campus stella
estrella

quarta-feira, 13 de julho de 2011

.. a flor da água ...

Com elas me apresento...
Delas saio e me arrefeço
Contida, arrebento em arrecifes de silêncio.
Me levas até ti...
E quando chego só a por mim, espuma.
Me conténs, me deténs.
venho dia incerto
rebentar os desejos
dos teus limites desertos
e vais ver o
ímpeto arrefecido
regresso
mais que braço,
corrente
que roteia
o teu leito.



Obturando [.a.mar.a.gem]

Mirando a margem

Desfaço a passagem

Não detenho frêmito

reluz, miragem

Me reflito em passagem

Me levas a margem

Te levas paragem

Penso que te levo

Mas tu me flutuas

Não te tenho

Me delineias

Me tomas inteiro

Sou denso como o teu desejo

Me enlaças

Me traças

E fico entre

A boca e o beijo

Me deixas

Em orbita

Te contorno

Mirando

Desfaço

Tu te desfaz

E os tempos;

Eles agem.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Dos partidos e outros meios

O teu partido deixou partido o meu coração.
Mas não faz falta, pois teu partido não me representa...
Tua crença representa o que já foi vivo...
Sou mais o partido coração!
[que representa o que em mim jaz vivo]
A resistência traz viva a minha paixão!
E ela sim me alimenta...

"Suena el latido del corazón"

domingo, 19 de junho de 2011

Vela, popa, prumo

Refeito, por direito, se convença:
não há nada que leves dentro
que não pode ser refeito
com o efeito
da nova direção.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Lei de estar

Parágrafo 1°: Renovar. Replanejar. Retornar. Refazer. Refazer. Reviver. Resignificar.

Mono-logo(s)

Não me nego. Não te nego. Sei que existes. Sei que existo. Palavras mudas caem dos meus olhos. Enredo pensamentos. Quando eu te reescrevo te expurgo de mim. Se eu não te pertenço e tu não me pertences porque nos prendemos, alama com alma. Teu corpo é o meu transporte, é aminha liberdade... Não sei se me persegues ou se te proponho união. Deveras não sei se és cela ou imensidão. Por meio de ti me enforco na corda da liberdade, me coloco diante de todos, me exponho, me abandono em cada reta para ne deixar adotar por um quanquer que somente me leia, me abosorva.

terça-feira, 24 de maio de 2011

pontuando

... anunciando novas marcas
fazendo arte...
...apagandoremodelando...
.movendo e estando.
[...tout...]

.refazando.
.o.
.disfarce.
.denota.





domingo, 8 de maio de 2011

Arrecadando forças

Com tanta coisa para te dizer agora, basta uma: tudo passa. Não é só uma canção. Não há nada para dizer. Sou muleta, a força esta em sua mão. O leme esta por aí, deixe estar, descobrirás a direção. Leva tempo, mas não digo nada, ele desenhará a carta e colocará a mão. "somos fortes", justificativas não existem. Leva tempo para renascer. O tempo e a distância vão apagando para fazer nascer memórias. "já é um ponto a menos".Sou muleta, a força esta em sua mão. E você já me ri, sabendo que faz parte o riso do choro, e eu já me rio. "e ficamos leves".

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Diálogo de Pássaros III

- O que nos marca?
- Um silêncio profundo, que nos inunda o mundo.
- O que nos resta?
- Algo perdido entre o alongado segundo.
- O que nos desenha?
- Tua tese, nos representa.

(Silêncio profundo e um olhar demasiado.)

Qual o vazio que te preenche?

Qual o vazio que te preenche?

- Um envelope fechado

- Um valor que nada vale.

- Um versículo escolhido e copiado por meias palavras.

- Esse Abril que não passa, e que não vai a tempo. Levo-o dentro.

- Redondas Letras.

Au revoir

deu efeito
foi deposto.
(sai do reino.)
o feito foi posto.
ao rever,
só um vazio gosto.
Mas siga o dito,
algo foi exposto.

domingo, 10 de abril de 2011

chuva:chuvinha ([de]vagar vinha)

Uma gota por letra

[Cada toque condensa]

O pensamento solto

do instante lunar

Leve e tensa

corre salgada

marcada dança

de pulsar.


sábado, 2 de abril de 2011

Na seleta

O passado canta o presente e o futuro se desprende, foi assim no momento regresso. O recreio do tempo, perplexo, observa:


O canto parado, oscila.


O silêncio, denso, desce.

O tempo se atenta a tudo e resolve: floresce.

sábado, 19 de março de 2011

Um ramo de luz

num jardim desiludido
chovem folhas secas
morrer para renascer
Esse é o pedido.

não há muda inesperada
Reinventar é impreciso
Tudo está em ciclo
poda hoje, amanhã se vê
o no Oculto desenhado
[ventre sorrido]

num jardim arrefecido
Tudo está em ciclo
Renascer...
Esse é o pedido.

domingo, 13 de março de 2011

Nom serviam

É difícil passar

A fusão de palavras.

Suspensão.

Me leia a sério!

Sem chave?

Venha na Asa do silêncio.

Facética.

Lunática.

Aérea.

Etérea.

Doutro mundo,

Do entremundo

[conjugável realidade].

De um verso

Depois de anotar numa memória esquecida, resolvi buscar e eis aqui...
"Ne me jugez pas par le moment. Je suis, principalement, l'avant et l'après moi."
E resolvi apontar na curva do olhar, para não mais esquecer de me mostrar...
... Cette ...

segunda-feira, 7 de março de 2011

(Era)

Folha escrita, folha passada
Jamais pode ser ignorada
Folha em branco, folha futura
Jamais pode ser emoldurada

Perco-me nas folhas.
Sou tinta e papel
Perco-me nas imagens.
Mas as palavras sou fiel.

sexta-feira, 4 de março de 2011

MoviMente

No mundo de sem-paz,
Ter paz é tão bom!
Não falo de paixão!
Falo de paz.
Da paz da ação.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

frase solta XI

Sorte: momento de fazer oportunidades virarem escolhas.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Roteiro

Roteiro

Uma idéia,
Duas linhas,
A ação, sua reação e a sintetização.

O que antes era só projeto dá asa ao pé
De lá p'ra cá
Duas idéias
Uma linha
Realização.

Roda e segue...

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Grafo

pontua o mundo
conecta
e reinventa o plano

sua leitura me leva
ao ver Te sinalizo
[algumas] formas

leva ao passo
vértice
[não novo, nem velho]
Vide o arrecife,
o vórtice do verso.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Sobre costura

"(...)Mais cedo ou mais tarde, aprendo."

Antônio Moura

Ponto primeiro

Não se pode remendar o mundo.

Nessa linha,
falta a marca,
são cinco espaços
mas com que letras
marco o início
e espero o fim?


Ponto segundo

Reescreva canções.

Toda cifra se calcula
Para começar em escala
E terminar nua

Passeantes

- Voltou?
- Nem foi!
- E agora?!
- Nada mais.
- E sabe o que mais?
- Nada.
- O que sentes?
- Algo que caminha e consome.
- Podia acontecer?
- Não estava planejado.
- E se planeja?!
- Tentei. Tentamos.
Tenho desejos ou intenções...?!
Não sei.Não queria.
- Novos planos?
- Novos velhos planos.
Há um grande espaço para a mudança.
- E quando chega?
- Amanhã. Hoje, nem sei.
Por esses dias ela aporta.
- E esses olhos? Para onde vão?
- Nem sei, transitam...
- ...
- Um verso defendido por um olhar...
Chegou o golpe da graça?!
- Nada posso fazer além de apenas estar.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Las espaldas de la música ( por um Steinway & Sons)

Não via teu rosto,
mas
as notas
iam
passeantes
[por mim]
Teu vibrar
a mim
[chegava]

Não preciso
ver-te
[para]
sentir-te.

Teu pensar
Teu pulsar

[execução única]

Uma chave abre todas as portas,
e
eis-me aqui:

Fluindo

Transcrevendo

Em língua estranha, num movimento contrário, volto-me para dentro.
E dentro existem tantas luas quantos os grãos deste planeta.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

mes veines

E podes, com palavras, inventar... Pode ser maior ou menor... Cabe a você minha pequena dizer, como foi e como será. Que quadro quer pintar? Tens as cores de olhares distantes, nuances totais, sombras duras e um tanto a demonstrar... Sonha pequena, e canta sempre que possível. Assim a tua cigarra trabalha e tua formiga compõe. Não me digas nada. Defenda sua história, coroe a sua verdade. Faça a sua verdade. Na sua letra encontrarás a sua cifra, só tu poderás cantar-la. Ninguém sabe ou sente seu vibrar, mas não por isto deixe de vibrar, precisamos escutar a tua canção.

Dame Guêpe

sábado, 8 de janeiro de 2011

Miedos

Tengo miedo, tengo miedos...
Tengo miedo a la soledad.
Tengo miedo a las multitudes.
Tengo miedo a las contestaciones jamás dichas.
Tengo miedo a despegar de la vida.
Tengo miedo, tengo miedos.
Tengo miedo a tener miedo.
Tengo miedo que se acabe el aire...
Tengo miedo, tengo miedo...
Tengo miedo de no vivir poesía.
Tengo miedo a hojas blancas con hechos por apuntar.
Tengo miedo, tengo miedos...
Tengo miedo al miedo.
Tengo miedo a no intentar.
Tengo miedo al "paro" de vivir.
Tengo miedo, tengo miedos...
Tengo miedo a las vidas pasadas.
Tengo miedo a olvidar las letras.
Tengo al olvido programado de esta "vida nueva"...
Tengo miedo, tengo miedos...

_05.2007_

Entre o início e o fim

Você fala num Chico, e Eu, penso em Outro...
Você com citas, que foram roteiros... E eu aqui com meus “espaços de 1,5”.
Você no semestre,Eu no diário.
Você revela, Eu abstraio.
Você adora a prática, Eu amo a teoria.
Você toca, Eu transcrevo.
Você mar, Eu rio.
Você vai de prato principal, Eu espero a entrada e desejo a sobremesa.
[Mas estamos num mesmo calendário...]
Será que dos mundos que podiam se encontrar,
Logo estes dois tinham que se eclipsar?
[Não há resposta para o que será...]
Será que esta harmonização vai funcionar?
[Não há resposta para o que será...]
Em suma, se tenta....
Mas só há de se regular o calendário do presente.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Desabrochar

Cortou tão fundo,
que daqui de dentro,
vejo o mundo...