segunda-feira, 26 de setembro de 2011

limando

Antes de tudo o teu silêncio
De sentido tempo
Que duras linhas
De repartido verbo

[Não fala
(Rasga)
o que levava dentro]

Será que já chegou a hora?
De gestado sentimento

antiga memória,
a agonia do adeus
desdenha dos olhos
reparte o pensamento

Fondo Blanco

tantas perguntas
sem respostas
[(que) - desde agora]
chove
de dúvidas
aqui dentro
e
não sabemos
se é tempo
de cair agora
vasta chuva
de denso momento

terça-feira, 20 de setembro de 2011

cursi y verdadero

"A chaga do amor, quem a faz, a sara "

um ciclo
de fases invisíveis
remodela-se
sem alarde
entre processos
em eterno processo.

sábado, 17 de setembro de 2011

Frase Solta XIII

O silêncio serve também para comportar as palavras que não se escrevem.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Entre costuras

O tempo até costuro, mas o espaço, ele ainda muito me intriga.
Fico com minha meia renda. Essa de novelhar.

(Rendando para não desfiar. Eis minha lei.)

d'estar

Nem um mágico
Tratará de volta
o teatro
d'estar

falo de vivas letras
de entreatos
interespaços


Essas coisas de linhas
(são)
como nação sem pátria


De onde nada se ajusta
Fronteira fulgura falha
sem fonte justa
para delimitar
o interespaço
do teu teatro

nada mais
que letras
de entrelinhas
de memórias
expostas
nos entreatos.

Imagem e Som

Nem o sol
Nem a música
Nada (n)as mãos
se (n) tem


quinta-feira, 15 de setembro de 2011

d'água.

quando a saudade

destrata,
distraí,
corro
para tuas sendas,
fendas de arrendadas de mar...


E sinto:

mareio-me,
sou d'água.

a linha [que nos alia]


a linha
nos alinha
com o marco
do tempo

[faz dos caminhos
veredas
desenhadas
marcadas
repetidas
renovadas
passadas]

domingo, 11 de setembro de 2011

Coisas desse tempo

falta espaço para esquecer
mas resta tempo para lembrar
[ao menos para saudar a lembrança]

aspirada

Tu me tomas.
Eu te tomo.
Nos conjugamos.
vens, me liberta
te aprisiono no meu plano.
De ser tão, que só a ti me prendo.
[ou só a ti me deixo prender]

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Lema:Leme

[A Ana]

A roda é viva. Deixa a vida rodar.
A ciranda faz tudo por si
quando não se deixa parar.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Pela tua frase, um verso

Anti-projeto de gente [que tenta rendar]...
Anda rendando soltas teias [pelo ar]...
Saem rendas de difícil coser [e de fácil falar].
Fico sem canto e sem conto.
Mas nesse escreviver,
faço doce o meu penar.

[a pena-pluma é agulha
desta rendeira do ar]


Receita de Leitura

Use e abuse.
Recite e modifique.
Letras, só as vivas...

desmarcas

Leia-me.
Lê e ame.
Liame.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

acre notícia acre

Este terreno é assim: uma cultura por vez.
O fruto bem tratado é capaz de gerar sementes fortes.