laudas brancas
letras batidas
lutas travadas
luas vencidas
sábado, 29 de dezembro de 2012
domingo, 16 de dezembro de 2012
Do (não) dito
Não era nada que não havia dito antes.
Mas queria te dizer agora.
Mas tudo bem,
não dizer não me impede de sentir.
Mas queria te dizer agora.
Mas tudo bem,
não dizer não me impede de sentir.
domingo, 9 de dezembro de 2012
Vestido
Hoje me vesti de saudade.
Resolvi perder tempo
com as pequenas coisas.
me vesti com o teu cheiro.
bordei as melhores telas
para fiar o que vivemos.
apliquei os lindos sorrisos
os cristais das lágrimas
bordei delicadamente os olhares
Poderíamos juntas modelar o mundo...
Ela tinha...
todos os moldes no papel de pão
o lápis mais bonito
a fita mais marcada
olhinhos curiosos
quantos modelos de sonhos
quantas letras desenhadas
Resolvi perder tempo
com as pequenas coisas.
me vesti com o teu cheiro.
bordei as melhores telas
para fiar o que vivemos.
apliquei os lindos sorrisos
os cristais das lágrimas
bordei delicadamente os olhares
Poderíamos juntas modelar o mundo...
Ela tinha...
todos os moldes no papel de pão
o lápis mais bonito
a fita mais marcada
olhinhos curiosos
quantos modelos de sonhos
quantas letras desenhadas
dar o tempo do silêncio (destempo)
já é hora
não é agora
que me dizes
respeito
tenho perdido
tenho por direito
a receita do olvido
te dou por dito,
por mim meu passado
foi feito
dele nada renego
mas é meu direito
deixar essa vaga
em espaço rarefeito.
eclipse oculto
bordado temos
o não dito
o não feito
no peito
seguimos sem play.
damos o fato por feito
o não dito
o não feito
no peito
seguimos sem play.
damos o fato por feito
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
aviso de ausência
"Obrigada por dizer que você não estará aqui."
E tudo ressoava num exemplo de "tom" silencioso de espera.
E tudo ressoava num exemplo de "tom" silencioso de espera.
domingo, 26 de agosto de 2012
semilla duda
Sin tapa
Sin letra
Soy aun
lo no escrito
solo leído
con subrayas ocultas
desde este pasillo
me dicto
soy semilla
de dudas
flotando
en línea
en el aire
sábado, 25 de agosto de 2012
re(des)compondo
espreita certeira
o meu violão
acabousse
rima
mas lhe toca
desenho toado
marcado ao lado
rebenta tom
marcado:
tu é cifra e segredo
dessa canção
o meu violão
acabousse
rima
mas lhe toca
desenho toado
marcado ao lado
rebenta tom
marcado:
tu é cifra e segredo
dessa canção
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
Passada
Tudo tão rápido
Tudo tão ávido
que se eu passar por mim
talvez nem me pare,
para um café preto.
[seguindo, seguimos]
Tudo tão ávido
que se eu passar por mim
talvez nem me pare,
para um café preto.
[seguindo, seguimos]
sexta-feira, 17 de agosto de 2012
rendija
desde aquel día
rajadas
líneas
dibujadas
en mí
tejiste
dejaste
aquí
tejí
todo un vacío de ti
eché líneas,
me toca a mí
sexta-feira, 3 de agosto de 2012
diólogo de pássaros IV
- para onde você vai quando chove?
- ...
- esta chovendo?
- não sei, mas costumo me esconder em ninhos perdidos.
- você sempre se esconde?
- sobretudo quando faz frio.
- alguma vez você sentiu frio...?
- busco o calor, ele chega, promete que volta.
Mas sou eu quem procura a fuga
- é?
- tenho medo do calor.
(ouvi dizer que um abraço pode trazer a vida)
- ...
- esta chovendo?
- não sei, mas costumo me esconder em ninhos perdidos.
- você sempre se esconde?
- sobretudo quando faz frio.
- alguma vez você sentiu frio...?
- busco o calor, ele chega, promete que volta.
Mas sou eu quem procura a fuga
- é?
- tenho medo do calor.
(ouvi dizer que um abraço pode trazer a vida)
domingo, 29 de julho de 2012
Ao olhar
de_nota silenciosa
suspensa no ar
caída
fluído estar
airosa
a palpitar
recomposta
a suspirar
brotas
de par em par
suspensa no ar
caída
fluído estar
airosa
a palpitar
recomposta
a suspirar
brotas
de par em par
sexta-feira, 27 de julho de 2012
Pelas novas velha ruas ...
o meu silêncio
mostra
o que vindo
aposta
aquele
palavreado lento
latente palavra
eis tudo
que levo dentro.
mostra
o que vindo
aposta
aquele
palavreado lento
latente palavra
eis tudo
que levo dentro.
o outro eu
Desde este estrangeiro modo
me reconheço
no (des)conhecido
outro
tanto eu agora
que ocupo a (tua) língua
nesse estranho
que sou
eu
me reconheço
no (des)conhecido
outro
tanto eu agora
que ocupo a (tua) língua
nesse estranho
que sou
eu
terça-feira, 26 de junho de 2012
segunda-feira, 25 de junho de 2012
enredar
por um traçado marcado
segue o calendário
e seu fuso
[de intermundos]
pontuado
do tecer
profundos
desvelam tramados
os rotundos
segue o calendário
e seu fuso
[de intermundos]
pontuado
do tecer
profundos
desvelam tramados
os rotundos
domingo, 24 de junho de 2012
Ruídos da vida
escrito de vida leve.tentamos algo rabiscar
[e quem sabe ]
somos escritos.
[nada de sons]
só o ruído da vida entre nós.
domingo, 17 de junho de 2012
domingo, 10 de junho de 2012
Parcelas
Vou guardar-te no meu mais generoso silêncio
[]
Vou dar em conta em pesado silêncio
[]
Vou descompor a pesada mente do silêncio
[]
Do que me tens pago te dará o tempo.
Não por nada: o que vai, volta.
[]
Vou dar em conta em pesado silêncio
[]
Vou descompor a pesada mente do silêncio
[]
Do que me tens pago te dará o tempo.
Não por nada: o que vai, volta.
sexta-feira, 8 de junho de 2012
Embarque
- E quando eu for?
- Falta pouco?
- Não sei, que horas são?
- Há algumas horas... talvez.
- Não há muito o que sentir?
- Há sim, o que te habita além dá saudade?
- Quero sentir saudades... mas não só.
- Será que temos tempo?
- Talvez não, estamos a tempos.
- É agora?
- Falta pouco.
- Mas faz tempo... faz tanto tempo...
- É, já estou...estamos...
- ... estamos, fora de tempo.
- É isto ,agora, só há hora de destempo.
- Falta pouco?
- Não sei, que horas são?
- Há algumas horas... talvez.
- Não há muito o que sentir?
- Há sim, o que te habita além dá saudade?
- Quero sentir saudades... mas não só.
- Será que temos tempo?
- Talvez não, estamos a tempos.
- É agora?
- Falta pouco.
- Mas faz tempo... faz tanto tempo...
- É, já estou...estamos...
- ... estamos, fora de tempo.
- É isto ,agora, só há hora de destempo.
terça-feira, 29 de maio de 2012
temp{l}o
Esse verso,
não escrito,
interdito entre nós dois
tudo isto,
(que poderia ter sido e não foi)
Mas que se realiza,
no secreto gesto do nosso destino
de nos colocar ali,
no mesmo temp{l}o de tecer.
Este discreto verso,
inscrito no entre,
no quase
de levar o ar
de literaturar
segunda-feira, 28 de maio de 2012
(des)compor
canção sem letra
desenhada ao tom
do dedilhar de brancas cordas
na entrelinha, da esquina dos mundos.
esse cantar destoa
mas dessa nota não saio.
estar no ar,
[feita partitura]
sou em escanção
desenhada ao tom
do dedilhar de brancas cordas
na entrelinha, da esquina dos mundos.
esse cantar destoa
mas dessa nota não saio.
estar no ar,
[feita partitura]
sou em escanção
quarta-feira, 23 de maio de 2012
sábado, 28 de abril de 2012
Hóspede do presente
Mais por perto[cresce]
esse algo
que é a ausência
( igual ramo do sol) desfilas em cores
desfio tramas ( de horas afiadas)
desafino ( e retomo ) canções
presente me rega
[com o destempo]
domingo, 11 de março de 2012
tempo:tram(p)a
o tempo não se pode atar
tentei coser
tentei tramar
tentei levar
no ato, o que me cabe, é relembrar...
Embolo na trama
Desvelo a trampa
Revejo a roca,
que o nada contempla passar,
a fiar:
tempo:trama:trampa
( o enredado se vai fazendo)
tentei coser
tentei tramar
tentei levar
no ato, o que me cabe, é relembrar...
Embolo na trama
Desvelo a trampa
Revejo a roca,
que o nada contempla passar,
a fiar:
tempo:trama:trampa
( o enredado se vai fazendo)
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
meta[e]canção
Me deixe [não],me deixe [não]
nada me atrela
as trelas da escuridão
[não] fale não
a rima incerta
no [re]verso tipo
de minha canção
[não] me negues
não [atrele]
não deixe
sou meta[e]canção
nada me atrela
as trelas da escuridão
[não] fale não
a rima incerta
no [re]verso tipo
de minha canção
[não] me negues
não [atrele]
não deixe
sou meta[e]canção
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
Ao olhar
o desejo deixo passar lento
para ir ter-te no desenhar
[riem ligeiros]
trafegam sorrisos
perdidos e sóbrios
no teu parpadear
me deixa em ti,
só ao olhar
para ir ter-te no desenhar
[riem ligeiros]
trafegam sorrisos
perdidos e sóbrios
no teu parpadear
me deixa em ti,
só ao olhar
sábado, 21 de janeiro de 2012
Sem o samba da Lembrança
Não,não cante o seu amor na Praça onze.
Já se acabará o festival.
Não importa quantas cartas ela mande.
Tudo chega, nada é eterno
[afine o samba].
Não cante tanto,
depois que acabar o festival
tudo pode se mostrar sem canto,
tudo pode perder o ritmo encantado.
E nada mais restará do teu samba afinado, que não um finado retrato
datado, de ano tal...
Já se acabará o festival.
Não importa quantas cartas ela mande.
Tudo chega, nada é eterno
[afine o samba].
Não cante tanto,
depois que acabar o festival
tudo pode se mostrar sem canto,
tudo pode perder o ritmo encantado.
E nada mais restará do teu samba afinado, que não um finado retrato
datado, de ano tal...
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
Abrindo espaço
a hora chegada
sem planejar
sem suspeitar
é desenhada
e no espaço
se abre
e se apresenta
o presente
sem planejar
sem suspeitar
é desenhada
e no espaço
se abre
e se apresenta
o presente
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
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