terça-feira, 20 de agosto de 2013

mês de dentro

nesse mês de dentro
ora chuva
ora sol

não há mais estação certa
neste calendário
há mais horas que dias
não há data certa
para o dia D

Quando gira o ponteiro
é sempre mais um dia

Faça o tempo que faça
é sempre a mesma areia
descendo no grão
da hora perdida
do desmedido tempo
de dentro



sábado, 3 de agosto de 2013

Ao reino do escrito

Era um vez...

É assim
ficamos restritos
ao reino do como se
(quem nem é nosso
pois nada mais somos
que personagens de papel)
num tempo que se conta
pelo passado
(da dança de páginas)
pelo dado do tempo
(que mais nada ata)
ficamos
ficam
fica
fiando

fim


terça-feira, 30 de julho de 2013

o vago da vaga (a história suspensa)

Curtos segundos de uma longa espera
Longa promessa nunca realizada.

Não te encontrei
(foi) a hora vaga
o perdido pedido

ecou
naqueles dias
fora de área
esquecida a cena
a parada foi perdida
e mais uma vez
história suspensa...

Recuperei neste outro tempo
o diálogo de perdidas vozes


Felicidades


Como numa ronda alternada
deixamos a outro capítulo
nossas linhas.

Hoje e sempre, mais felicidade. 


terça-feira, 25 de junho de 2013

Acústica de dentro

Para a poesia do dia
moinhos de versos
soltos em melancolia
rebatem dispersos



sábado, 25 de maio de 2013

Nada vezes nada

Deixei de contar
(Nada de menos)
Passei a viver
(Nada de mais)



Mergulho



respiro e tropeço
na poesia em cadeia
em veia de verso
tramo o vivido

segunda-feira, 4 de março de 2013

O ramo da saudade

É assim a flor da saudade: o silêncio inundando as palavras faz de mim só sentindo.

sexta-feira, 1 de março de 2013

h.407

La nuestra historia no es más que palabras paradas en el aire del tiempo.
No hay más que dos historias sin anhelo.
Tiradas al suelo las historias rotas de un pasado lejano.
No hay más que nada que terminar
Somos por medio de un "n" posibilidades pasadas.

la cercania no es más que un terreno "sin un solo punto de contacto"...

Sin más canciones,

Adiós.


domingo, 13 de janeiro de 2013

Frase Solta XIX

Como fazer que um caudal de palavras que semeiam lágrimas seja parado pelo olhar?

vorazes rotas

as palavras traçam
vorazes rotas

lágrimas tortas
desenhandos leitos
tudo movido
por um pesamento

nada adianta, se a rota não muda
da palavra ecoada
rema
a foz em pranto

reza no leito
caudal refeito
torrente em equlibrio
reformado leito









domingo, 6 de janeiro de 2013

Nota de Saudade

Entre tantas notas e escritos
achados e perdidos
eis que ponho aqui
minha nota de saudade
do livro futuro