quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

meta Poeminha meta

não me falo tanto
sou translúcida
passagem
de grafar
o mundo 
em
mim

Declaração de poetisa [do devir de cantar]

Digo-me antena
desconectada
que capta
todos os
ecos
e
sinais

de um presente-passado
de um passado-futuro

Digo-me
Digo-te
Dizer para ser
Ser para estar

Fé na linguagem
meio arbitrário
do estridente cenário

carrego desfeito no peito
um metal precioso
que lateja estreito
entre humanos
sentidos

Sou poetisa
Irmã irrestrita
da coragem
de falar, contida,
num verso
que reverte
o fora-dentro
do devir de cantar

Do olhar visto

A razão sensível
diz do fato
Incontestável
que há mais labirintos
dentro do labirinto
 do amar

não te conto
a conta
que se faz

no brincar de te ser
fiz teu papel
atuei no teu cenário
O nosso parecer
é justo de ser
e contíguo ao estar

no soar
do tempo
não te conto
a conta
que se faz


sábado, 13 de dezembro de 2014

Le Langage Secret

Je dois remercier pour tout...
Mon ami, mon petit ami, merci pour tout ...
Merci pour l'espace que je ai en vous et que vous avez une place en moi.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Futuro do Passado ou Passado do Futuro

Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.

C.D.A.

Temos um tempo
Teremos todo tempo
Na canção que toca
Na retina que invoca
cada doce memória

{Já temos até um tempo}

Brincamos do jogar
nos ponteiros 
vamos voltar
iremos ser

[nada falta]

você estará
onde eu te cantar

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

As canções roubadas

Dentro do entreato
Cenas perdidas
insistem em rodar
como num déjà vu
tento te esquecer

não posso te deixar
não me leve a esquecer
tenho uma lista de canções
que me levam a você

meu motivo
para cantar
resume-se 
a lhe ver passar 

domingo, 7 de dezembro de 2014

Resenha

Pelo conjunto da obra
me lanças
a um restrito espaço,
canto quebrado,
entrequinas
entreatos
entrelugares

[já construi meu lugar [em teu peito]
[não me dou por vencido]
[sou escritor indiscreto]
[do teu peito aberto]

Parte tua

Deixe ficar, ao menos,
o carinho
pelo caminho vivido

Deixe vingar, por tudo,
o respeito
ao tempo refeito.


No horizonte

Não me renda de silêncios
Fui levada por miradas
ao caminho do teu coração

Cada nota tocada
Não deixou marca
Mas me inscreveu canção

Nossa história
Nossa composição
Vaga do silêncio

Doce canção
Mas continua a habitar
o verso do meu coração
Não se ponha fora,
É cativo, então...

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

grafias abertas

deixei aquela letra
na vaga do cometa
instante aberto
entre o feito e eleito
um conto intenso
de que me lembro
em roteiro
rascunho
desfeito

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Quarteto

No dedilhado
aprendi a tocar
como se toca
cada canto de teu céu

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Agenda marcada

Ao voltar
vamos ao café
que vai marcar
a primeira vez

Vou lança
meus olhos nos teus
Vou selar
meus projetos nos teus
Vou contar
mil histórias
para que se guarde
na tua memória

o cheiro
do beijo

o traço
cantado

do amor
revelado

Ao chegar
Não espera
e vem

terça-feira, 18 de novembro de 2014

A anunciação

Pequena, hoje te encontrei linda
repleta 
de sonhos pensados.
de palavras novas

Naquele instante 
doce e marcado
de cada passado

Te encontrei serena
tranquila, esperando
seu herói inventado
entre uma realidade e outra

Notei coisas várias
Anotei teu olhar
Denotei teu sorriso
levando comigo o gosto do teu sonho

desbravei minha coragem pra te dizer
que o que vimos
[tudo o que vimos]
foi anúncio de sonho

Demos por feito
pois em nosso peito
já está feito o redemoinho
medonho

podemos esperar, 
esperaremos,
por mais
muito mais
de mil anos

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Da passagem da vida para a Dádiva

E teve um dia
[Depois daquele dia]
em que não conseguia
parar de te pensar
pois não havia
mais melancolia
desde que
tu vinhestes
me visitar



domingo, 16 de novembro de 2014

Da minha Clarice



Não sei por onde andas.
Não sei a cor de teus olhos.
Não sei como te chamar.
Nem mesmo se vens...
Ou como vens.
Qual será a "chave" que me levará até seus braços?
Questionamentos vários...
Será que te vi por ai, perdido?!
Ou estás ao meu lado, a esperar um gesto?!
Hoje queria teu abraço,meu pequeno...
Queria que me ensinasse...
com seus olhos, a ver
com suas mãos, a sentir
com sorriso, a respirar

Não sei por onde andas...
Mas o meu amor por ti é tão evidente
Tão claro
que me faz sentir teu riso
não lembrado
que me faz sentir teu toque
não dado
que me faz sentir teu estar
tão dentro,
que te sinto
guardado em mim

E
[Isto não me assusta...]
[Como o Amor é grande]
como tu és maior que eu
preciso amar
[é assim que me vejo,
me elevo]
outros como tu
que me fazem ver
o que você tu ensinastes
uma coisa assim
com ar de Amor




quarta-feira, 12 de novembro de 2014

A mensagem

Ela me diz:
Não precisa ter saudade
Estou chegando
logo mais
e
tudo se resolve

Te digo que não :
Sinto saudades
do que não vivi
De cenas perdidas
na história do futuro
e não há nada mais duro
que lidar
com essa história não amanhecida
que você  escreve na memória
[Venha me fazer história!]

Ela me diz:
Logo mais...
Já não é tarde
E se nos envolve?!
E se já não dá mais!?

Na história do futuro
do desenhado passado
eu fui dardo lançado
no desejo direção

ela não assina
essa menina
[que sina]
faz bater meu coração

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Una isla

No me digas
que es así
soy una especia
lejana
exótica
distinta
que suena
cercana
serena
tormenta despacita
que es reyna
en tus libros
de cabecera


La clave

soy un verso 
[que no escrito] 
es en el borde
y transita 
entre dos lados
soy verso

sin letra
perdido
descrito
en línea
parado
soy un verso

sábado, 11 de outubro de 2014

Da palavra cantada



Em versejar
tu vais
eu vou

fomos um dia
mesmo verso
em linhas tentidas


foste lira
foste corda
em verso apóias o corpo
sobre o teu corpo,o meu
(teu violão)

E me deténs
Em cada verso
declamado a peito aberto
E tu me canta
E eu me encanto
poema desfeito
em soltas cordas

Te dou o verso
Me dás notas
Um encontro de se pensar


Me tensionas
Me dedilhas

Me tiras notas
Te dou meu verso ditado
Sou tua memória de versos
És meu braço de notas

E eu te toco
E tu me tocas
pela palavra

verbo-língua
usamos
um verso
um vinho
um vão
a boca
declama
e
declara


Ao cantar, nos vemos
Em nota
Em verso
Te noto
Me cantas

[sumus verbum]







sábado, 4 de outubro de 2014

Campo de estrelas

Estaríamos em qualquer lugar de estar
De ser em brancas nuvens envolver
Como num sonho bom passar
Para formas infindas gestar
e corpos celestes aquecer

Lidos os votos
tenho por dito
que não resta neste peito
nem um grito
que por tudo foi feito
nada clamará meu eleito
Tenho partidos abraços

No meu campo perdido
Restam nuvens

Nada mais,
que poema de estrela
pó de desejos contidos
Nuvem sem marca
de corpo fugidio
Tenho por contado
Tenho por dito
Te deixo,
flor do peito,
com pétalas tecido

O brinco perdido

Chegava sem ruidos. Com olhos e mãos rápidas. Desnuda-se. A agua acalmava a sua mente. Perdeu-se por uns minutos na correnteza do chuveiro. Tantos pensamentos soltos podiam ter virado um amontado de linhas sem sentido, mas secou-se deles. Lembrou do livro que ainda não tinha terminado. Leu um verso, decorou o teto como se imaginasse a letra do poeta marcando o papel.

Deixou o livro, pegou o vinho e o papel. Na folha borrada de sono e pensamento havia algo que deveria ser escrito.

- Mas o que deve estar aí? - pensou longamente. `

Procurou caneta, ligou o som. Placidamente rabiscou algo no papel.
Ali mesmo pegou no sono. Horas depois, ao despertar, procurou coberta, viu a sala clara, a luz do som.... Pensou que dormia, mas era real. Pensou no brinco, onde estava? No quarto, no banheiro...

- Onde está? Será que perdi?! - com olhos apertados de luz tateava.

Não era possível. Entre o amargo negro e verde cítrico havia posto o brinco na mesa.

- Acho que sim. Só lembro da nota solta pelo ar... Olhos cansados e vermelhos.

Era um sono lento que abatia sua voz, e como não fala... Seu pensamento ficava rápido.
Lembrou-se dos instrumentos, de olhar a porta, de ver os músicos com pastas pretas...

-  Mas e o brinco? - Volta o pensamento aleatório constante.

Passou as mãos no rosto, nos olhos, nos cabelos... Decidiu levantar. Taça na mesa. Deixou a roupa pelo chão. Já era quase manhã. Entre no quarto. Apagou o relógio. Deitou e dormiu, com as mãos perdidas procurando entre os lençóis, o brinco perdido estava desenhando em sua mente.
 

domingo, 28 de setembro de 2014

Versos arrumbados

[Así que como no los olvidé
tuve que aquí dejarlos
conmigo no hay más cómo..]

Soy trozo de mí
De deseos que soñé
Ecos de pasados espejos

Busco tanto a mí que me perdí
De estrofas partidas
sin vía de versos
sin versos de vía
que me lleven

en verbos conjugados a mano
en versos latidos a letras
en líneas les dejo
Sin rumbo
Sin calendarío
Con el arrumbo de los senderos bifurcados

Estoy de paso por mí,
Así que cuando me encuentre, me escribo
Así me tomo días
[llénome del tiempo de modos varios]

terça-feira, 9 de setembro de 2014

[Look At Me]

Quando não te miro ao lado
Sabes que o desejo de beijo não dado
é o que lança meu olhar
e me faz recusar a presença de teus olhos

[Look at Me]

Por sentir-te tão perto
O meu mergulho
é no teu peito aberto
Caminho perfeito
de tempo incerto

[Look at Me]

Para sentir-te tão perto
Basta tua pele e minha pele
Um estado de sentidos

[Here I am]

Encontro marcado
descoberto ao lado
Um olhar quando ao outro toca
O sorriso responde
e a felicidade invoca

[Look at me
Here I am]

Que não nos deixemos ir
Que possamos voltar
Entre tudo, entre tantos
Que voltemos a nos ver

[Look at me]



Uma receita de verso

Ao meu médico de poesia, Múcio Góes

A cada pílula, uma alegria,
sem ti não conseguiria, transformar vida em verso
e verso em fantasia
me receite sempre em tua doce letra
e viva a veia da poesia!

terça-feira, 19 de agosto de 2014

{Gauche no obturador}

Sou (da) linguagem
Sou (do) verso
Via precisa
de destino incerto.
Mas [hoje] vou de foto.
Outra grafia.
De diversa linguagem
estranho reflexo
dura cromia
de luz-texto

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Um café com verdades

Hoje  lhe procuro, não para respostas ou indagações ... Só mesmo para saber se tem algo a dizer.
Sou ouvidos e olhos atentos. Sei de seus silêncios comunicantes. Sei que falamos demais no passado, pelo menos sinto que faltou ação em nosso devir, mas - em coisas do passado - não se movem.

O que queria dizer... e que lhe digo: sinto sua falta. Você, se quisesse faria parte de algo que construí para  nós. Não se trata de algo a dois... se é que já houve um dois. Mas sim de alguém que queria por perto.
Um dia lhe direi, ou talvez nunca, pelas tantas cartas e poesias não audíveis que falo e escrevo:
hoje sei que você é uma boa parte de mim. Tudo que lhe reclamava, de certo, em mim saltava aos olhos como algo tão íntimo.

Queria compartilhar datas, se acaso tivesse espaço. Queria ter vivenciado mais a sua presença, o seu riso solto e debochado, o seu caminhar entre seguro e vacilante. De certo, tenho muitas coisas para lhe dizer, uma delas é que lhe amei. Não tive coragem de viver esse amor ou então não era o tempo dele.

Desculpa não ter ligado aquela vez, quando estava de viajem e num golpe do destino você me encontrou, (ou a coragem te encontrou,ou algo que não sei) e me ligou no meio da tarde, estava entre a faculdade e o hotel em outro estado. Um barulho danado, e quase não lhe ouvia bem, eu , com tantas coisas na cabeça. Querendo mudar tudo. Queria mudar de mim...

Você nem sabe, mas eu tinha que lhe dizer tudo isto.... Para poder seguir, sem lhe querer mais como antes... Tanta coisa mudou. Eu queria que você estivesse aqui. Não ao meu lado, como par. Mas que pudesse te ligar. Falar onde fui,  se voltei, que quebrei a cara...  E te perguntar e agora, que faco com isto? 
Quando fui quase dada pela tristeza convicta, queria o seu abraço desconcertado. O seu sorriso calado, mas não tive nada. Lhe entendo, ou melhor, não lhe entendo. E aprendi, assim mesmo, a amar. Um amor silencioso. Já fui para fora do pais. Tive contas só minhas. Falei com bichos estranhos. Tomei porres (não tão porres) de vinho. Vi praças lindas e, de sorte, não encontrei o mesmo frio que você me deu. Ainda que tenha congelado naquela estação perdida entre o centro e a escola. 

Eu entendi que ficou para trás. Que nunca houve um nós. Só alguém que ama alguém e que acabou. Mas não me arrependo de nada. Faria quase tudo de novo. Enquanto rodam os cafés, as memórias são passadas... Hoje só queria encontrar-lhe,  escutar-lhe. Saber de você, sem mais. Saber do seu tempo, mas acho que o tempo já se leva longe demais. Onde não estou, esse é o seu lugar. Ainda que a vida tente nos fazer encontrar e que só você me veja ou só eu lhe veja. Nunca vemos um ao outro. Quantas cenas serão feitas? Nem sei. Acreditamos em várias vidas. Tomamos banhos de chuva. Encantamos noites. Declaro saudade disto, do vazio que fazes.  O que não  consigo mais é arrumar só essas palavras soltas, este pensamento perdido, que lhe acha escondido nas entrelinhas da vida.

Não sei, mas sinto que algo mudou. Mas algo também está ai.
O modo repleto de perguntas e respostas, o estilo contido diante da vida.
Na verdade dei por finda esta coisa de "silêncios". Agora quero começar do novo de novo. Voltemos ao ponto de partida. Só queria dizer que você faz parte de minha vida, não posso te deixar para o passado. Queiras ou não somos flor, daquele jardim, e de Cecília.

Não preciso dizer, você já sabe.

Beijos

(Quando cheguei ao café encontrei tal texto dobrado ao lado do açúcar. De tão doce, só peguei um ristretto para completar a noite. Consegui ler o cortado, e, como se fosse verdade, meu ristretto virou cortado.)


segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Cartografia

"E quando se perde o tempo
Se acha o lugar"


Neste descompasso
entre ser e estar
estado e projeto

segue o ditado presente

Cartas ao mar

não vejo onde levar o pensamento
Cartas ao mar
Pensamento ao vento



sábado, 9 de agosto de 2014

{ coisa de poeta, esse ser de lua}


Essa mania de ser nuvem
Ver verso
Ter de perto o sentindo
Me faz calendário
sem fuso
sem traço
me deixa gauche
diante de tudo

Nos olhos de criança
vejo a dança d'estrelas

Tudo, e meio mundo
se balança
no cometa
-traço do verso-
que saiu de perto
do seio
desta
indigesta
poeta

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

do- mi- fa, notas para notar

dialogos vazios de ar
nos tomaram tudo?
até os pontos se foram

e agora?
nem josé sabe.

Não teve nota que cobrisse

quanto nós nos demos nós
até o beijo?
nós cego
nós vistos
nós sentidos

pontos cegos
pontos vistos
pontos dados
 e tudo ficou como um recado para o futuro

reverso anagrama

esse teu silêncio
que não tem jeito
nasceu
d'um peito já marcado
amor acentuado de três letras
já plantado
anagrama perfeito
não me enganas
levas no peito
uma chama

nasceu
sou
de efeito o verso que cala a canção
mas a rima, não finda,
ainda que toques em outra nota
ainda resta um verso então
sou das letras a que segue
não temo o refrão

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Frase Solta XXI ( é finda a casa de nós?)


Que hoje seja um verso e não refrão, que esta chave nunca feche o que abrir, que não seja (se é que) há de ser... que seja feito é.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

No passo do efêmero


- Te pensei agora. Mas não me escreves...
- Te recordei agora. Caindo da noite.
-  Saltando dias e horas, te encontro logo mais.
- Te pensei agora, na entrada das estrelas.


(Bem sabia, sempre há alguém para orientar o silêncio e o som das estrelas.)

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Em Jazz

Entre o teu cinza
E meu azul-rosa
Longo foi o olhar
De lapidar labirintos
Entre tantos instantes
Mergulhaste fundo
N’outro mundo
Em dois instantes

Fulgurantes
notas dissonantes

En la quinta estación


Querría decirte:
te busqué, te encontré, te perdí

Dentro do mi no hay más que palavras revueltas

(Un verso alquilado me pide que se vayas de mí la última memoria olvidada)

Te quise, lo sabes. 
Pero vendí los libros, presté los sueños, me alquilo al ensueño.

Soy más que nuez, soy libre de sentido, camino a desrumbo.

Se me olvidé - de paso-  en la quinta estación entre corrientes y constitución.


(soy poeta, mi vientre  es verbo que pulsa)

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Versos e Notas


Pelas frestas do infinito estado de ser
Desenhas formas tais
As quais, sem querer
Fazem ler as letras
Fluidas, fugidias, fumegantes, flamejantes
De um estágio de contemplação

sábado, 7 de junho de 2014

Dia branco

Num dia adiado de si
eis que vejo
o que buscava
"as formas mágicas
da felicidade inevitável"




terça-feira, 3 de junho de 2014

Música de câmara (Peça em escrita)


- Título: Sem nome ao certo.

- Cenário: Entre os pontos equidistantes dos vértices do real.

- Ação: Uma discreta verdade teimosa ronda o “reino realidade”. Quatro ordens num embate: (tensão, calor, colheita de palavras e plantio),  o fictio da urbe instaura no turno silêncio notas de reificação. Novos parques se criam, novelha forma de estar, em estado de letter, mas em ação.

- Personagens: o verso e a canção

- Tempo: os sem fim das páginas dos livros a escrever.

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Leituras do secreto calendário



Apague depois de ler: o que escrevi em pensamento, no verso do reverso, não conto nem a mim, quanto mais a você. 

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Descobrindo um verso pe(r)dido

Perdida entre versos eis que encontro um verso pe(r)dido...

Le coeur en chamade,
Ne rien y comprendre,
C'est une embuscade

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Frase Solta XX

Todo encontro, sabe das despedidas. 
(Tomado da experiência de estados)

Do pulso

Quando a verve alinha
e o verso salta
a voz transpira
eis que a rima
- inspira -
e o peito desata
temos por dada
a chave encontrada
da ventania
da chuva parada




sexta-feira, 9 de maio de 2014

Do suspender


Do silêncio da tua respiração
Rego as flores de sentido
E (logo mais)do meu jardim preferido

Colho a secreta cifra da canção.

quarta-feira, 30 de abril de 2014

Pílula poética

Fácil é fazer poesia para quem vive poesia.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Teoria das cordas

Viestes, pausando, solene
teus versos guiados
por notas serenas

Fostes, seguindo, ousado
teu ritmo marcado
por miradas amenas

Passas, armando, tranquilo
teu argumento instaurado
por contas pequenas

Acompanhastes, meu verbo,
contadas pausas seguidas
eloquentes silêncios
de retorno partida



terça-feira, 8 de abril de 2014

Na rota


Por esta rota
incerta
a passos largos
a passos curtos
arquiteto
desperto
a via que me leve
ao lado oculto do universo
e eis que
incerta
mergulho
desnuda
na trama
incerta
na rota da roca
do fio em verso