Digo-me antena
desconectada
que capta
todos os
ecos
e
sinais
de um presente-passado
de um passado-futuro
Digo-me
Digo-te
Dizer para ser
Ser para estar
Fé na linguagem
meio arbitrário
do estridente cenário
carrego desfeito no peito
um metal precioso
que lateja estreito
entre humanos
sentidos
Sou poetisa
Irmã irrestrita
da coragem
de falar, contida,
num verso
que reverte
o fora-dentro
do devir de cantar
quinta-feira, 18 de dezembro de 2014
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