quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Declaração de poetisa [do devir de cantar]

Digo-me antena
desconectada
que capta
todos os
ecos
e
sinais

de um presente-passado
de um passado-futuro

Digo-me
Digo-te
Dizer para ser
Ser para estar

Fé na linguagem
meio arbitrário
do estridente cenário

carrego desfeito no peito
um metal precioso
que lateja estreito
entre humanos
sentidos

Sou poetisa
Irmã irrestrita
da coragem
de falar, contida,
num verso
que reverte
o fora-dentro
do devir de cantar

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