Minha alma
é
Incivilizadamente
comedida
Tropeça entre estrelas
Sorri de luas meiadas
Brinca de ser poeta
de ter 100 anos
de ser criança
de olhar perdidamente
até achar-se
no mapa do futuro
Comedidamente
minha alma é
um espaço tombado
para ser arbitrário
o meu frágil corpo
[hoje não tão são]
Estranha é a mente
que me habita
e se desenvolve
neste desejo de pitanga
no doce azedo do umbu-cajá
Eu vou indo,
trajeto incerto.
até onde ela me eleva?
até aonde me inclina?
Não sei. E sei.
Sei que sou livre, por ser poeta.
sábado, 28 de fevereiro de 2015
Bicho de estimação
E um dia nos damos conta
que temos que decidir as coisas
que não há tempo para melindres
e numa fala perdida
Chegou teu nome:
Serás Astor
ainda que sejas
peixe
ou
gato
ou
cão
que temos que decidir as coisas
que não há tempo para melindres
e numa fala perdida
Chegou teu nome:
Serás Astor
ainda que sejas
peixe
ou
gato
ou
cão
Neste teu estado
Não há espaço
feito
[há de se criar]
Não há regaço
mais esperado
que o teu para deitar
Não há verso
que se cante
que não nos eleve
Não há quem olhe
e não veja
que estamos por um fio
De todos os dias
De todas as horas
De todas as chances
Podem ainda nascer
os versos que me levem
até você
De todos os versos cantados
e notas estudadas
Fico no verso do
por vir
Existiria
Estaria
Eis o estado da poesia
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015
Soñar con cantar
Lo que dices en verso
Me llega en poesía
No me digas nada más
Me dices sin mirar
Me dices en silencio
pero no logro
comprenderte
No me dices
lo que necesito
Pero así es
Lo que me viene
Se te va
La vida tiene que seguir
El coche va pasar
El tren partir
Pero siguiremos
[Ni palabra]
Pues no hay música
que sea tuya de pluma
y que me cuente
entre los escenários
cual es camino
hacia tus abrazos
Me llega en poesía
No me digas nada más
Me dices sin mirar
Me dices en silencio
pero no logro
comprenderte
No me dices
lo que necesito
Pero así es
Lo que me viene
Se te va
La vida tiene que seguir
El coche va pasar
El tren partir
Pero siguiremos
[Ni palabra]
Pues no hay música
que sea tuya de pluma
y que me cuente
entre los escenários
cual es camino
hacia tus abrazos
sábado, 21 de fevereiro de 2015
Um olhar não alheio
Como queria dizer-te
tudo que trazia aquela canção
Não posso
Não devo
É o que me dizes
fiquei com um verso marcado
"Só um rastro de fogo queimando em silêncio"
Sou ser em contrato de não ação
Contenho tudo
Faço-te um verso
Que versejando
te levo dentro
te sinto perto
em cada nota
dedilhada
versejo o silêncio.
tudo que trazia aquela canção
Não posso
Não devo
É o que me dizes
fiquei com um verso marcado
"Só um rastro de fogo queimando em silêncio"
Sou ser em contrato de não ação
Contenho tudo
Faço-te um verso
Que versejando
te levo dentro
te sinto perto
em cada nota
dedilhada
versejo o silêncio.
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015
Desejo de paz
[Desde 2009 até hoje guardei essas palavras, quando achar tudo isto, não me leve a mal.
Não me leve. Estou leve por poder te desejar tudo isto.]
Se te chego por aqui é porque todas as outras tentativas falharam.
Não queria te dizer por aqui o que aprendi ...
Tudo o que foi dito entre a primeira e a última conversa afiada acabou por não valer nada.
A morte bateu a nossa porta, sepultamos a pouco este passado de pessoas vivas.
Já temos outras memórias, outros gostos, outras manias....
Já não temos mais tantas diferenças assim... Já somamos forças para construir algo.
Mas o dito entre dentes:
- Não quero mais você aqui. Já bastam-me as novas coisas.
Te digo.... Cada coisa a seu tempo.
Primeiro o meu silêncio de não ter aceitado tuas palavras.
Agora tuas duras palavras. Sem mais. O que tenho, e que é nosso, te oferto em silêncio.
Por oração contida falo das emoções,é assim que te digo o que levo dentro.
Te sonhei outro dia. Não tinha desejo de sangue, mas desejo de paz.
Queria te declarar esta paz. A mesma que não tivemos durante todo esse tempo.
Não quero ir sem antes te dizer isto... Dessa paz que reina em mim.
Esta paz que não te desespera. Não te espera. Não te almeja por se não alguns minutos.
A paz de quem caminhou ao lado e não tem medo ou receio de dizer o que foi e já não é mais.
Estou numa paz. Agora que lido com o passado e planejo o futuro tranquilo, de viver o que é ofertado-me todo dia.
Queria só te dizer: Vou partir!
Cuide-se!
Mel
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015
Al Faro
"Claro y oscuro, dos peldaños de un caminar....
Volver al faro
Cerca y lejos de mi dulce hogar
Volviendo a mi habitación
No encuentro más línea
Ya escribí desde altamar
Mi carta sigue blanca
Y hay mucho a soñar
sigo a dibujar"
Volver al faro
Cerca y lejos de mi dulce hogar
Volviendo a mi habitación
No encuentro más línea
Ya escribí desde altamar
Mi carta sigue blanca
Y hay mucho a soñar
sigo a dibujar"
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