quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Desejo de paz

[Desde 2009 até hoje guardei essas palavras, quando achar tudo isto, não me leve a mal.
Não me leve. Estou leve por poder te desejar tudo isto.]


Tito,

Se te chego por aqui é porque todas as outras tentativas falharam.
Não queria te dizer por aqui o que aprendi ... 
Tudo o que foi dito entre a primeira e a última conversa afiada acabou por não valer nada.

A morte bateu a nossa porta, sepultamos a pouco este passado de pessoas vivas.
Já temos outras memórias, outros gostos, outras manias....
Já não temos mais tantas diferenças assim... Já somamos forças para construir algo.

Mas o dito entre dentes:
-  Não quero mais você aqui. Já bastam-me as novas coisas.

Te digo.... Cada coisa a seu tempo. 

Primeiro o meu silêncio de não ter aceitado tuas palavras.
Agora tuas duras palavras. Sem mais. O que tenho, e  que é nosso, te oferto em silêncio.
Por oração contida falo das emoções,é assim que te digo o que levo dentro.

Te sonhei outro dia. Não tinha desejo de sangue, mas desejo de paz.
Queria te declarar esta paz. A mesma que não tivemos durante todo esse tempo.
Não quero ir sem antes te dizer isto... Dessa paz que reina em mim.
Esta paz que não te desespera. Não te espera. Não te almeja por se não alguns minutos.

A paz de quem caminhou ao lado e não tem medo ou receio de dizer o que foi e já não é mais.
Estou numa paz. Agora que lido com o passado e planejo o futuro tranquilo, de viver o que é ofertado-me todo dia.

Queria só te dizer: Vou partir!

Cuide-se!

Mel




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