terça-feira, 17 de maio de 2016

Caixeiro de Palavras

"A imaginação não doí . Imagine o que é bom. É um analgésico."

Eis que
Sem verso
vem dizer a vida
que não trate
dela
com a dor
(algo que já a modela)

reclama,
serena,
o que dela é
mas que recortada
sente.
quer que doe
o que é de mim
e não pede
sente, que preciso
imprecisamente
do módulo imaginário

desconstrução recente
de passados e futuros
projeções
projetos
fantasias

Mina de estrelas
Mulher de estrelas
e de tanto tê-las
vivo um terno
de tempera

Eis que chega
desavisadamente
o recorte
com dote escondido
com olhar aguçado
de momento

Como ler
como deter
esse informe
arbitrário
desse sem afim
do módulo imaginar.

Eis que tomo por fim.
Eis que tenho que recorrer
Eis que tento arrefecer
Eis que tamanha calha
me faz um rio-mar
ao caminho do palavrear.



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