quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Poema para Maria Thereza


(Para nossa pequena,
Que não conjuga verbos, mas que é ação
Para nossa pequena,
Que cumpre tempo de encarnação)

De todos esperada
Estavas guardada, como o ramo, em flor

A Pequena nossa, lança e fita, com seus negros olhos
Olha como se visse algo
[que não vemos, não sabemos, que esquecido foi(?!)]

Mas não importa lembrar.
O que se desenha em nós
É a rota de teu olhar

Que nos planta, em flor e semente,
É o verbo Amar

Pequena e bela, fostes feita em aquarela
Só para os nossos corações acalantar

Te tive, por primeira vez, em sonhos,
Pois o amor era tamanho e não podia esperar
Queria te colocar no colo e sentir como é doce o amar

Amor que é (des)conhecido
E, ao mesmo tempo, sabido,
Como todo é o bem-amar

Chegando, Nossa Esperada, fostes postas em guarda
Nos ensinastes que o Amor é esperança,
Nos ensinastes que o Tempo é dança,
E que não há exposta lembrança que não se possa ocultar

E fostes postas ao mundo:
Caminha, Pequena, que queremos te ver andar!

E és flor e semente, traço de Deus vivente, que nos faz acreditar.

Nos mostra a dança da vida, que muitas vezes esquecidas, teimamos em não dançar!
Te mostras como forte esperança [um futuro-presente], que com teu sorriso inocente, não deixas de anunciar!

Não há verbo, que não sejam os vividos, que possamos conjugar.
Tu a nós ensinas, sem conjugar, como se vive o verbo amar.

Nenhum comentário: