terça-feira, 4 de maio de 2010

Apontamento

Ao (Meu) poeta ... pensador,

Chamo-te assim porque na falta de uma classe te encerro momentaneamente.
Sei que não se limita a rótulos, és único a cada dia. Definitivamente feito de um silêncio perturbador. Sou tão pequena, que perto de você troco letras, abuso de palavras. E você tão você, me deixa frases condutoras... Perco-me no império do seu silêncio(às vezes hermético outras vezes indecifrável). Não te quero só para mim, não te chamarei mais “meu”, mas te darei um segundo (ou terceiro) eu. O de ser poeta, pois já és o que pensa que és, um poeta de tudo e de muitos (e será também o meu).
Aquele que escreve, lê e decifra no silêncio. Que faz do tenso silêncio um espaço para a palavra livre, numa outra dimensão,guardada. Agora eu entendo o sentir e o levar um silêncio pleno de você. É o que levo hoje dentro. Rego-me do teu silêncio para florescer (quem sabe) mais eu.

Sua Leitora

Um comentário:

Alisson da Hora disse...

O silêncio por vezes é um fermento eficaz. Gosto muito do teu ritmo e do sentimento que brota das tuas palavras, tão bem colocadas, tão bem pensadas. As coisas têm hora certa pra vir à tona... cada vez mais me surpreendo contigo...

beijo