sábado, 5 de junho de 2010

Desde uma senda

Foi algo tão denso, que me perdi varias vezes, mas algo esta aqui. E chegou porque, por um curto instante, pudemos vibrar mão e mente.

E passei a ouvir-lhe, veio sem vir. Apoiou-se nele e foi.
Correu da sua boca até minha mão e daqui até seus olhos...
Corre como segredo. Um segredo entre nós. Não visto, não declarado.
"Sai! Não te quero! Vai bem longe. Outras paragens te esperam. Zombas demasiadamente alto e forte, mas não te arriscas... Busca outros espaços. Não posso te ter. Tão pouco rever a tua face. Pois dela sou espelho. Não suporto mais. Busca outro, estás vibrando alto e já não te alcanço. Peço outro palco, outra dança. Cheguei ao ponto alto e não vejo nada. Só tu, maldita, que não me soltas as mãos, não me descobre olhos! Quero ver, quero outros olhos, outra boca... Na tua tela, cheia de cores e vazios, não há espaço. Encontra outra luz. Encontra Outro. Nessa tela desbordada, desfiada e desmedida não existe mais o vibrar..."

Nenhum comentário: